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Transtorno do Espectro Autista

Quando buscar ajuda especializada?

O Transtorno do Espectro do Autismo é caracterizado por Déficits persistentes na comunicação social e na interação social em múltiplos contextos e por padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades.

É chamado de espectro porque as manifestações do transtorno variam muito, dependendo da gravidade dos sintomas, do nível de desenvolvimento e da idade. Assim, há aqueles que conseguem se comunicar, expressar seus desejos e vontades, mas podem encontrar dificuldades em identificar o estado emocional das outras pessoas e apresentam prejuízos no compartilhamento de ideias e sentimentos.

Um aspecto que pode ser identificado precocemente do transtorno do espectro autista é o prejuízo da atenção compartilhada, que pode ser exemplificada por falta do gesto de apontar, mostrar ou trazer objetos para compartilhar o interesse com os pais ou cuidadores, para seguir o gesto de apontar ou, o olhar indicador de outras pessoas.

É muito comum que pessoas com TEA apresentem hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais, o que pode causar desconforto exagerado com sons e texturas. Há, também, o ato de tocar, cheirar e lamber objetos de forma não esperada, encantamento por luzes ou objetos giratórios e, até mesmo, indiferença ao frio ou a estímulos dolorosos. A restrição alimentar ou seletividade alimentar pode estar ligada a essa alteração sensorial e causa grande angústia às famílias.

Logo que os cuidadores notem alguma característica comum às crianças com TEA, devem buscar a avaliação profissional especializada.

Fique atento a sinais como:

  • Falta de interação com outras crianças ou outras pessoas da família;
  • Demora para desenvolver a fala;
  • “Manias” ou comportamentos repetitivos;
  • Uso não convencional dos brinquedos como enfileirar, organizar, separar por cores;
  • Fala repetitiva de palavras ouvidas, não usar o pronome “eu” para referir-se a si mesmo;
  • Alta seletividade alimentar. 

Busque uma avaliação profissional, com um neuropediatra, sempre que tiver qualquer dúvida sobre a saúde do seu pequeno, ou pequena. 

Fonte: Doutora Regiane Leal, Neurologista Pediátrica, integrante do corpo clínico da NA Neurologistas Associados.